No período pós revolução Russa de Lenin em 1917, Pistrak propunha uma escola gerida por um coletivo infantil que permitia auto-organização dos alunos.
O ensino desenvolvido através dos métodos complexos, ou seja em agrupamentos de conhecimentos centrados num tema principal deveria levar esse coletivo a uma ação prática sobre a realidade.
A integração entre o ensino e o trabalho possibilitaria aos alunos uma inserção concreta do mundo, opondo-se a hipocrisia da classe dominante, ou seja a burguesia apontada por Lenin a qual se separa a vida da política.
Pistrak não se limita a apontar essas linhas gerais, mais preocupa-se em detalhar suas propostas, planejando a estrutura do sistema escolar e fazendo recomendações práticas aos educadores.
Apesar das diferenças da época e do clima pós-revolucionário, o interesse das páginas dos livros de Pistrak permanece no ambiente escolar da atualidade.
As questões com os quais ele se preocupava continuar a perturbar os educadores de hoje em sua prática cotidiana em e em seus planos para mudanças futuras.
A história tem mostrado que a escola sempre esteve a serviço de um regime social determinado de forma que ela sempre foi uma arma nas mãos da classe dirigente, assim uma minoria subordina a maioria aos seus interesses.
Para Pistrak a escola e a revolução devem caminhar juntas, como uma arma ideológica da revolução de modo que haja clareza entre os trabalhadores sobre os interesses da burguesia e dos proletários.
Na sua proposta de escola as atividades devem ser realizadas nas oficinas para desenvolver nos alunos, hábitos do trabalho. Para ele a escola de segundo grau deve concentrar na grande indústria, pois a escola é quem prepara o material humano.
Segundo Pistrak será indispensável o mais intimo contato entre a escola e a economia, se quisermos ter homens que compreendam claramente os princípios de nossa obra construtiva participando ativamente em sua elaboração e assumindo como coisa sua para que a educação social possa atingir seu objetivo é preciso que o administrador, engenheiro, contra-mestre, operário etc. entenda a importância do trabalho e da escola do trabalho.
Para Freire o conhecimento é um construto social, um processo não simplesmente um produto. Consequentemente concebido em termos de uma dialética "diálogo de debates com a busca da verdade" de oposições contrapõe se radicalmente e epistemologia idealista e positivista tradicional.
A pedagogia freiriana surgiu na América Latina como uma crítica ao paradigma educacional tradicional (autoritário) e também ao seu opositor na região, a pedagogia positivista e comportamental que ganhara terreno na América Latina nos anos 50 e 60.
Paulo Freire tinha um método baseado no diálogo que abordava situações da vida cotidiana e que se tornasse alunos ativos a partir das discussões sobre o contexto que viviam.
Descrever os procedimentos para escolhas das palavras, o modo como eram decompostas em sílabas que depois se juntavam em outras combinações para construir novas palavras.
Seu trabalho era educar e não doutrinar, seu método era alfabetizar muitos alunos em pouco tempo, 40 horas era o suficiente para ensinar jovens e adultos com palavras geradoras do cotidiano de cada um.
Os métodos de ensino idealizados por Pistrak e Paulo Freire trouxeram grandes benefícios para as metodologias educacionais da atualidade.
Muitas escolas utilizam esses métodos opondo-se ao do ensino tradicional quando o professor era o detentor do saber, eu falo você escuta, alunos não críticos, métodos da decoreba, professor autoritário.
Métodos de Pistrak e Paulo freire integram o ensino e o trabalho com desenvolvimento complexo de agrupamentos e conhecimentos, esses métodos se coincidem é um sistema que facilita a aprendizagem, tanto das crianças como jovens e adultos conseguem aprender com mais rapidez.
É uma pedagogia que alfabetiza, busca visão crítica e dialética entre os alunos e promove automaticamente o crescimento intelectual do estudantes.
Referências Bibliográficas: PISTRAK, M.,Fundamentos da Escola do trabalho,(3ª ed: 2011),São Paulo:Expressão Popular.
FREIRE, P. (1980). Conscientização: teoria e prática da libertação. Uma introdução ao
pensamento de Paulo Freire. (Traducão de Kátia de Mello e Silva). 3ª ed. (1ª ed:
1967). São Paulo: Morais.
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